OS POLOS DE APOIO PRESENCIAIS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: QUE ESPAÇOSTEMPOS SÃO ESSES?

Autores

  • Fátima Kzam Damaceno de Lacerda Universidade do Estado do Rio de Janeiro http://orcid.org/0000-0003-3990-7665
  • Inês Barbosa de Oliveira Barbosa de Oliveira Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.53628/emrede.v4i2.211

Palavras-chave:

cotidiano, rede sociotécnica, currículo praticado, educação a distância, formação de professores

Resumo

Este artigo tem como objetivo discutir a importância das práticas realizadas nos polos de apoio presencial na construção dos currículos de formação de professores dos cursos oferecidos na modalidade semipresencial. Para tal, utilizamos uma abordagem do tipo etnográfica, embasada nos pressupostos da antropologia das ciências e das técnicas, em diálogo com os estudos do cotidiano. Traz os resultados de um trabalho realizado em dez polos do Estado do Rio de Janeiro, durante dois anos, envolvendo os estudantes numa perspectiva de formação pela pesquisa. Como resultado, apontamos para a pluralidade dos polos e suas invenções cotidianas que modificam as propostas curriculares oficiais e agem como atores de uma rede sociotécnica.

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Biografia do Autor

Fátima Kzam Damaceno de Lacerda, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Formada em Licenciatura em Química e em Engenharia Química pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, possui Mestrado em Tecnologia de Processos Bioquímicos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Doutorado pelo Programa Multidisciplinar em Meio Ambiente da UERJ. É Especialista nas áreas de Educação Matemática e Planejamento, Implementação e Gestão em Educação a Distância. Professora do Instituto de Química da Universidade do Estado do Rio de Janeiro desde 1994, foi diretora do Polo de Educação a Distância de Nova Friburgo de 2003 a 2011 e Diretora Adjunta de Tutoria da Fundação CECIERJ de 2012 a 2013. Atualmente é Coordenadora Adjunta da Universidade Aberta do Brasil (UAB) da UERJ atuando junto aos cursos semipresenciais de licenciatura da universidade. Possui experiência na área de Bioquímica, Processos Bioquímicos e Educação, com ênfase em Educação a Distância, principalmente nos seguintes temas: educação em ciências, educação ambiental, formação de professores.

Inês Barbosa de Oliveira Barbosa de Oliveira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Possui graduação em Pedagogia pela Faculdade de Educação Jacobina (1982), mestrado em Administração de Sistemas Educacionais pelo Instituto de Altos Estudos Em Educação da FGV (1988) e doutorado em Sciences Et Théories de Léducation - Université de Sciences Humaines de Strasbourg (1993). Pós-doutora pelo Centro de Ciências Sociais da Universidade de Coimbra (2002) com Habilitation a Diriger des Recherches (HDR) pela Université de Rouen (França, 2013). Atualmente é professora associada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Presidente da Associação Brasileira de Currículo (ABdC), além de membro do GT Currículo da ANPEd. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Teoria Geral de Planejamento e Desenvolvimento Curricular, atuando principalmente nos seguintes temas: cotidiano escolar, pesquisa nos/dos com os cotidianos, currículos pensadospraticados e emancipação social na perspectiva da justiça cognitiva e da cidadania horizontal.

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Publicado

2017-10-14

Como Citar

Lacerda, F. K. D. de, & Oliveira, I. B. de O. B. de. (2017). OS POLOS DE APOIO PRESENCIAIS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: QUE ESPAÇOSTEMPOS SÃO ESSES?. EmRede - Revista De Educação a Distância, 4(2), 303–316. https://doi.org/10.53628/emrede.v4i2.211